"Terminar sessão" no Facebook pode não chegar para garantir a privacidade. A observação foi feita pelo "hacker" australiano Nik Cubrilovic, que diz ser possível publicar actualizações de perfil mesmo que a sessão esteja terminada.
(foto Diogo Maia/Global Imagens)
Segundo o especialista informático, quando o utilizador clica no botão "sair" do Facebook, o site deixa no computador um ficheiro que contém informações pessoais e continua a comunicar ao serviço elementos sobre a navegação do internauta.
A culpa parece ser das "cookies", pequeno ficheiro guardado no disco rígido do computador e no qual são guardadas as informações sobre o perfil do utilizador. O Facebook, como outros sites e serviços utilizam-nas, mas segundo Cubrilovic, quando o utilizador "sai", a "cookie" não é excluída mas apenas mudada. O utilizador continua a navegar sem saber que as informações estão activas.
"Se nos ligarmos ao Facebook a partir de um computador público, e clicarmos sobre "sair", deixamos impressões digitais para trás. Pelo que vejo, essas impressões digitais permanecem presentes até que alguém apague manualmente todos as "cookies" do Facebook a partir do computador", explica Cubrilovic.
"As cookies do Facebook não são utilizadas para espionar os internautas. Não é esse o papel. No entanto, usamos cookies para fornecer um conteúdo personalizado (...) melhorar o nosso serviço ou para proteger os nossos utilizadores e os nossos serviços (por exemplo para nos proteger de negações do serviço ou para solicitar uma segunda autenticação quando o utilizador se conecta a partir de um lugar pouco habitual)", responde Gregg stefancik, um engenheiro do Facebook, ao artigo de Cubrilovic.
Este debate sobre a utilização das "cookies" pela rede social acontece alguns dias depois da apresentação das novas funcionalidades do Facebook por Mark Zuckerberg, o fundador da rede social, durante a conferência F8 da rede social. Entre as novidades, há a possibilidade de determinados serviços publicarem automaticamente as informações do perfil dos utilizadores - por exemplo, as músicas que estão a ouvir em serviços como o Deezer ou Spotify.
26/09/2011
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