Espaço
Com o satélite UARS a aproximar-se da atmosfera terrestre a uma velocidade de mais de 27 mil kms/hora, um perito da NASA em detritos espaciais esclarece as questões essenciais
Todos os satélites em órbita acabam por cair em direcção à Terra, explica o especialista da NASA ouvido pela revista Time. Mas quando se trata de um gigante de quase seis toneladas, com reentrada na atmosfera terrestre prevista para algures entre quinta-feira e sábado, as atenções viram-se para o céu.
O que faz um satélite ficar fora de controlo e dirigir-se para a Terra?
Todos os satélites vão, gradualmente, caindo de volta à Terra devido ao arrastamento atmosférico e à pressão da radiação solar. A Estação Espacial Internacional, por exemplo, tem de efectuar, periodicamente, pequenas manobras para voltar à sua altitude de origem. O UARS deixou de funcionar em Dezembro de 2005 e, desde então, a sua atitude tem vindo a diminuir lentamente.
Como é que prevê a zona de impacto?
A Rede de Vigilância Espacial norte-americana faz previsões de quando o satélite deverá reentrar a parte mais densa da atmosfera. No entanto, essas previsões não são precisas. A duas horas da reentrada, ainda há uma margem de erro de cerca de 25 minutos, o que equivale a mais ou menos... 12 mil quilómetros
Com que frequência há reentradas na atmosfera da Terra?
Em média, todos os dias há um objecto monitorizado a reentrar na atmosfera. Na sua maioria são muito pequenos.
Quais são os riscos?
Os riscos são extremamente reduzidos. Até à data, nunca foi reportado qualquer ferimento ou qualquer estrago significativo provocado pela reentrada de detritos espaciais.
Do tamanho dos satélites depende o tamanho da preocupação?
Não há uma relação directa entre o risco de ferimentos ou estragos e o tamanho de um satélite. A maioria arde completamente na reentrada. Alguns componentes, de satélites grandes ou pequenos, sobrevivem à reentrada, mas isso depende do material de que são feitos e outros factores. Os satélites maiores, tipicamente, têm um maior número de componentes que sobrevivem à reentrada.
12:00 Quinta feira, 22 de Set de 2011
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